quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Fui amanhã
Entra pra ver, mas tire o sapato para entrar. Cuidado que eu mudei de lugar algumas certezas.
Entra pra ver, e não se assuste com meus instintos sacanas, que foram acionados, e com a falta de vergonha na cara.
Pois tentei roubar um pouco de paz, e acabei declarando guerra.
Hoje eu falei pra mim, jurei até, que esse não seria pra você, e agora é
Açúcar com adoçante - Cícero
Monomania - Clarice Falcão
Me
Postado por Thami
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Talvez
Observo o por do sol, os tons de laranja irradia meus olhos, até fazê-los arder.
Se acabar a energia, acendo velas e faço borboletas nas sombras da parede.
Se me atrasar pra aula, só vou ter perdido alguns minutos de chatice.
Filas grandes são boas para observar o comportamento humano.
Se o chuveiro queimar vou sentir minha pele arrepiar, e assim, sentir-me viva.
Se o amor acabar, ou der por acabado, procurarei outro, talvez ache, talvez não.
Afinal, o importante nem sempre importa.
Postado por Thami
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Acho...
- Você é muito abusada, sabia?
- Acho que sim
- Você não tem medo não, é?
- Acho que não
- Você é apenas uma menina, já pensou no que eu poderia fazer com você?
- Hm... acho que não
- Você só sabe falar isso? Acho que sim, acho que não
- Acho que sim
- Você está me tirando do sério
- Que pena
- Olha só, conseguiu falar outra frase sem dizer ''acho''. Onde você aprendeu ser tão irônica?
- Acho que na escola
- (risos)
- Qual seu nome?
- Não digo meu nome para quem ''pode fazer algo comigo'', além de ser apenas uma menina
- Desculpa se te assustei, mesmo que você não pareça nem um pouco assustada, mas olha o que você fez. Primeiro eu dei luz alta para você ir para a faixa da direita e você simplesmente ignorou, e quando chegou aqui você simplesmente pegou minha vaga no estacionamento, eu só quis dizer que você é abusada e que se eu fosse alguém de mau caráter, poderia me vingar de você, por você ser novinha. É perigoso fazer o que você fez, foi isso que eu quis dizer
- Ok, aceito sua desculpa, e sim, você realmente não me assustou, e não foi pela sua beleza, e outra, eu estava em uma velocidade acima do que a via permitia, e se você não viu, do lado direito tinha carretas e caminhões, não dava pra eu mudar de faixa, tando que se desse, você mesmo iria por lá, segundo, não estava escrito seu nome na vaga e também não tinha nada dizendo que era vaga preferencial para louco ou para idoso.
- Ah não, você está me chamando de louco e velho? Eu não tenho nem 30 anos, e louca é você. Se você não sabe a via da esquerda é para quem quer ir rápido. Dane-se se na direita tem caminhão, carreta, bicicleta, patinete, eu queria ultrapassar e você deveria deixar.
- Acho que não deveria
- Você não tem limite
- Thanks, mas agora tenho que entrar pra aula
- Espera!!! Qual seu nome?
- Não digo meu nome para quem ''pode fazer algo comigo''
- Meu nome é Carlos
- Tchau Carlos, tenho que entrar pra aula
- Gostei de você
- Eu sei
- rs, desisto
- Você faz bem
- Qual seu problema? Já me desculpei
- Meu problema? rs. Está desculpado
- Louca
Postado por Thami
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Que Seja Como o Primeiro.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
The child is grown
domingo, 9 de setembro de 2012
Eu ri, de doer o abdômen
A Iza e o namorado foram comigo, e mais um casal, para irem me guiando e não nos perdermos.
Além das viradas bruscas, por consequência dos guias que avisavam em cima da hora o momento de virar, estacionei em uma rua para pegarmos as pizzas, daquelas ruas que parecem que são em péé, e faz um angulo de 90°. Mesmo com o freio de mão puxado, o carro começava a descer, então engatei primeira e o bendito ficou ali, paradinho.Mas enquanto isso o coração da galera foi a mil. Descemos para pegar as pizzas, duas caixas GIGANTESCAS, que não cabia com o pessoal atrás, então foi na frente com a Iza, tampando metade do painel do carro. Era hora de sair, de subir aquela rua em pé, ou melhor, de escalar aquela rua com um carro com 5 pessoas dentro. Liguei o carro, fui soltando a embreagem e acelerando, e o carro ia descendo, e a galera atrás gritando, parecia que todos estavam em uma montanha russa, sem equipamentos de segurança. Então uma das meninas deu a ideia de ir soltando o freio de mão enquanto eu acelerava. Se o carro descesse mais meio centímetros iriamos bater na moto que estava atrás. Após conseguir sair de lá, começamos todos a rir. Eu ri, eu também ri.
Chegamos, comemos a pizza, algumas pessoas jogaram mais um pouco de kinect e fomos embora. Ainda bem, não aguentava mais ficar lá.
Sábado fomos comemorar o aniversário da Aline. Peguei o carro, passei na casa da Iza, depois passamos pegar a Aline e a Tami. A casa da Tami fica em uma rua tipo a que fica a pizzaria. Que faz um angulo de 90°. Dessa vez tinha os pais da Tami na sacada pra poder assistir o carro descendo enquanto eu acelerava pra ir pra frente, mas fizemos o esquema do freio de mão e funcionou, não passei tanta vergonha.
Curtimos o aniversário e chegou a hora de ir embora. Eu estava com vontade de fazer xixi, mas dava pra chegar em casa. Quer dizer, eu achei que dava.
Entramos no carro, deixei a Aline e a Tami, e depois fomos rumo a casa da Iza. Estacionei e a Iza descendo do carro fez algum comentário, que não me recordo no momento, mas começamos a rir muito, e a Iza, já fora do carro, sentou na calçada morrendo de rir e começou a fazer xixi, enquanto eu tirava o cinto pra também descer do carro, não conseguia segurar, a cada riso saía um pouquinho de urina. Quando finalmente consegui tirar o sinto e sair do carro, já não tinha mais quase nenhum liquido na bexiga.
Sentamos na calçada, as 5h da manhã e riamos, riamos muito daquela cena. Não conseguíamos pronunciar se quer uma palavra.
Fico imaginando alguém passando e vendo aquela cena. Duas mulheres sentadas na calçada, de vestido, rindo loucamente, com a porta do carro aberta, por terem feito xixi.
Sim, estávamos bêbadas. Era o efeito da cerveja misturado com tequila. Entrei no carro, com o banco todo molhado e fui pra casa, rindo, rindo muito, e pensando o que eu diria pro meu pai.
Eu ri o caminho todo, quando cheguei em casa, não aguentava de dor no abdome, de tanto rir.
Entrei em casa, peguei alcool e joguei no banco. O sol já estava nascendo, e eu lá, limpando o banco feito xixi, por mim mesmo.
Deixei o vidro do carro um pouco aberto, e fui dormir.
Quando acordei meu pai comentou que o banco do carro estava meio molhado, e perguntou o que aconteceu. Eu disse que tinha derrubado um pouco de cerveja, mas que tinha limpado com álcool. E realmente, a unica coisa que tinha naquela banco era cerveja misturado com aguá e o álcool de cozinha.
Não ficou cheiro algum no carro. Acho que era aquela urina limpinha de quando se toma bastante cerveja.
O banco já secou, e não há vestígios nenhum de xixi, tipo cheiro ou algo do gênero. Nem meu vestido ficou com cheiro ruim. Menos mal...
Postado, vergonhosamente, por Thami
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Guns
Tenho comido bastante. Como até sentir-me cheia. E depois fico sentindo aquela sensação ruim. E sempre faço isso, sempre.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Nascem os Poetas.
Tenho me cansado ultimamente do fardo de estar incluído na sociedade. Tenho me cansado de estar rodeado de pessoas tão comuns quanto seus assuntos. Estou cansado de permitir que a futilidade permeie meus ouvidos e meus olhos. Os seres humanos continuam sendo (por mais que os tenha ignorado por estes dias, por mais que eu tenha me apaixonado e focado meu corpo e minha alma nesta paixão) os mesmos animais mesquinhos, egoístas e hipócritas de sempre. Nenhuma novidade a ser acrescentada.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Constatação.
A constatação é que são um, mesmo que separados por um vento, presos por um querer, assustados por um tempo, juntos por uma dor. De fato, são um, ainda que esperando no desejo, sedentos de saudades, aflitos na distância. São um unidos pelas lágrimas. Lágrimas frias e quentes, doces e salgadas, únicas e, simplesmente, únicas. Lágrimas que correm da alma para os olhos, e juntas escoam pelos corações distantes. Lágrimas de alegria, de esperança e da dor da frustração. Lágrimas de um desejo quase incontrolável. Lágrimas de uma repressão ainda maior. Uma tortura impronunciável.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Life
Mas para que? Porque eu estou aqui agora digitando este texto? O que eu devo fazer? Devo satisfazer-me, já que sou fruto deste mundo? O que eu não devo fazer? Afinal, o que eu significo? Será que significo?
...
E então, Deus após criar todo o universo em seis dias, descansou no sétimo. Criou o homem a sua semelhança, o fez cair em sono profundo, tirou uma das costelas, e dela criou a mulher, para ser sua companheira. Eles viviam no paraíso, mas pelo pecado, o homem teria de trabalhar para sustentar-se, e a mulher sofreria a dor do parto. E com o passar dos milhares de anos, e com a reprodução humana, cá está toda esta população, como conhecemos e somos hoje.
Mas para que? Porque eu estou aqui agora digitando este texto? O que eu devo fazer? Devo satisfazer-me, já que sou fruto de Deus? O que eu não devo fazer? Afinal, o que eu significo? Será que significo?
Mas afinal, de que importa? Já que estou aqui, com boas ondas cerebrais, batimentos cardíacos, sangue correndo pelas veias, com todos os sistemas em ordem (ou nem tanto assim), de que importa? Simplesmente não importa. A vida é dura, por mais que esteja boa, nunca estamos satisfeitos, então á achamos dura, e por ser dura se torna uma tremenda bosta, mas é a que tenho, é a que vou viver, sendo uma bosta ou uma maravilha, até que acabe.
Postado por Thami
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Serei Ontem.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Mas e agora? estarei mais livre?
''Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar.Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar
Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia - a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la -, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo. Até agora achar-me era já ter uma idéia de pessoa e nela me engastar: nessa pessoa organizada eu me encarnava, e nem mesmo sentia o grande esforço de construção que era viver. A idéia que eu fazia de pessoa vinha de minha terceira perna, daquela que me plantava no chão. Mas e agora? estarei mais livre?''
A paixão segundo G.H - Clarice Lispector
Postado por Thami
segunda-feira, 25 de junho de 2012
O inverno é gelado
Postado por Thami
domingo, 13 de maio de 2012
Dedicado a você
Parece que o tempo nunca é o suficiente, e que sempre estamos contra ele. Na hora da despedida é sempre a mesma dor, mas com um pouco de alegria por saber que vou vê-lo novamente. Isso estimula os próximos dias, para que os mesmos não se naufraguem tanto na saudade.
domingo, 6 de maio de 2012
Nascidos para morrer
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Sendo Assim Mesmo
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Se você pudesse mudar apenas uma atitude passada, qual seria?
Eu estava na 5° ou 6° série do ensino fundamental, tinha por volta de 10/11 anos de idade. Como na maioria das vezes, eu saia da escola, passava em casa almoçar, ia para a loja do meu pai, e ficava lá durante toda à tarde.
Em uma dessas tardes, eu estava na porta da loja olhando para a rua e vi que vinha um senhor subindo-a lentamente. Ele usava calça preta, uma blusa e um casado também preto. Aparentava ter em média 60 anos, tinha barba grande e bem branca.
Entrei de volta na loja e disse para minha irmã que estava mexendo no computador: ‘’Tem um velho todo de preto subindo a rua, acho que ele vai entrar aqui’’.
- ‘’E daí?’’
- ‘’Sei lá ’’
Minha irmã avisou-me que ia sair, mas que logo voltava, aproveitando que o movimento estava fraco.
Logo após da minha irmã sair, o velho todo de preto, de barba grande e branca entrou na loja. Ele começou a contar algumas moedas, bem lentamente. Eu fiquei ali, olhando para ele de trás do balcão. Depois de alguns minutos, ele juntou todas aquelas moedas, andou lentamente até o balcão, colocou-as lá em cima e me pediu, com uma voz bem baixinha e rouca, para eu trocar aquelas moedas para ele.
Eu disse que não podia, porque que não tinha para trocar. Então ele retirou as moedas do balcão, e caminhou lentamente até a porta, e agradeceu-me.
Assim que ele saiu, eu fiquei me perguntando o porquê eu não troquei o dinheiro para ele, e então me justifiquei de que era porque eu estava com medo, já que ele era meio estranho. Mas não, eu não estava com medo dele, muito pelo contrario, ele passava uma imensa passividade. Eu não entendi, e não entendo até hoje o porquê eu não troquei as moedas.
Naquela noite, eu não consegui dormir, e passei por diversos dias pensando naquilo, me sentindo mal com aquela atitude, e querendo encontra-lo na rua para pedir no mínimo desculpas e me justificar.
Então, se eu pudesse mudar apenas uma atitude passada, não seria ter evitado alguma briga, ou concertar algumas das coisas estúpidas que já fiz, mas sim ter trocado o dinheiro para aquele senhor.
Pode parecer um pensamento exagerado e moralista, mas isso é realmente uma das atitudes que tive que mais me incomoda.
Postado por Thami
segunda-feira, 16 de abril de 2012
00:00
"Uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão." (Albert Einstein).
Nós sempre procuramos preencher nosso tempo ao longo da vida.
Quem não sabe como usar o tempo, acaba por ficar entediado.
E cá estou eu, matando o tempo, que me mata a cada segundo.
Ultimamente tenho prestado bastante atenção em como as pessoas ocupam seus tempos, e percebi que a grande maioria quer que o tempo passe rápido.
Na segunda-feira, as pessoas já pedem pela sexta, contando a cada dia o quanto falta para a mesma chegar. (Vejo muito isso no facebook).Parece que a vida é feita de finais de semana.
Há uns tempos atrás, eu também pensava assim. Não via a hora que chegasse o final de semana, apenas para poder dormir até mais tarde. Não via a hora de chegar o final do ano, feriado do Carnaval, Páscoa, entre outros. Até parecia que os dias comuns eram uma tortura, e que dias de festas e viagens eram a salvação.
No último ano, peguei-me triste ao ver que a semana tinha passado tão rápido, por mais que a mesma tivesse sido ruim, e que então, a cada dia, meu passado ficava mais cheio, e o futuro cada vez mais incerto. Sentia-me como uma pessoa de 80 anos, que teme o tempo acabando. Peguei-me contemplando o por do sol por diversas vezes.
Este mesmo pensamento, de que o tempo está passando, de que a minha vida está passando, atualmente já não me faz entristecer como antes. Muito pelo contrario, faz com que eu me sinta bem para ter atitudes não muito racionais, mergulhar em lugares que não conheço a profundidade, e as vezes, me afogar, a ponto de clamar pela morte, para poder respirar, mas também, nesses mesmos lugares, ver o quanto pode ser lindo debaixo d'agua.
Que o tempo passa... Que a vida faça sentido!
Inspirado na música: Tempo Perdido - Legião Urbana
Postado por Thami
quarta-feira, 11 de abril de 2012
e fui para casa...
''- Meu, eu acho incrível seu alto-astral, mas também, você estuda na Unicamp, parece que sua família não tem problema. Parece que você não tem problemas... Queria ser assim.
- Rs, pois é!!!''
Ouvi isto essa semana, após fazer algumas pessoas rirem com algumas piadas idiotas.
Que eu me lembre, nunca engoli tão seco após responder a uma frase, e nunca senti uma dor de estômago tão instantânea misturada com uma vontade imensa de beber algo, ao ponto de querer ir pra casa na hora.
E foi o que fiz. Esquivei-me daquelas pessoas, inventando a elas algumas desculpas, e fui para casa...
Postado por Thami