Eu nem sei se voce lê essa futilidade toda, mas aqui é onde eu tenho minha maior liberdade, de escrever o que eu penso, o que eu quero, tentando ser o mais agradável possível. Mas me sinto incompleto não escrevendo o que sinto, apenas contando fatos e pensamentos cretinos e mórbidos. Me sinto incompleto não escrevendo o que realmente sinto sobre situações ou sobre mim mesmo. Me sinto na obrigação de te escrever. De te descrever, de dizer pra todos (ou simplesmente escrever) sobre voce. Sobre o que voce representa pra mim. Por maior que seja minha vontade de escrever, me faltam palavras. Não consigo assimilar nenhuma expressão comum a voce. Não consigo pensar em nenhuma forma escrita de confessar-me. Mas qualquer tentativa, por mais errônea que seja, prova mais que cruzar os braços.
Tentei de todos os jeitos fechar os olhos para não te ver, mas a escuridão na minha frente não era suficiente para me fazer esquecer. Fechava os ouvidos para não te ouvir, mas tua voz ecoava na minha mente. Corria por todos os caminhos, fugindo de voce, mas meus pés só sabiam te seguir. Tentei não me aproximar, mas mesmo sem querer, estava ao teu lado. Tentei negar para mim o que sentia, me sufocava ao ponto de sentir medo. Medo de me envolver, medo de te machucar, medo de te perder mesmo querendo. Todas minhas tentativas se frustraram.
Nunca consegui tirar voce das minhas visões, dos meus sonhos. Nunca consegui me afastar de voce, mesmo com as brigas e dificuldades. Nunca consegui dizer não aos teus olhos. Tua mão me ajuda a caminhar, teus olhos me trazem paz. Teu sorriso me constrange. Não tenho coragem de prosseguir sozinho. Tua presença é uma necessidade, da qual nunca vou me suprir.
Por mais que eu tente, nunca vou conseguir explicar em palavras. Nunca vou achar termos que descrevam o que sinto. Apenas sinto. E por mais que não explique, eu sei o que sinto pois Drummond disse certa vez "Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis".
Eu te amo, Graziele Esquivel. Incondicionalmente.
Do outro lado do mundo, onde a saudade é a minha insonia.
Com carinho...
Thiago.
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