domingo, 16 de maio de 2010

Gringo é tensoo...

Mudando um pouco o foco, saindo da parte sentimental que (parece gay, mas não é) me inspirou pra escrever pra minha maninha, e conseqüentemente pra minha namorada, e entrando de novo na minha (merda) viagem. Na verdade, essa explosão de sentimentos, foi devido ao "fazer nada de uma sexta solitária". Tava em casa extremamente sozinho. Lembranças vem e vão, e a gente fica estranho e... escrevi. Uma forma de aliviar a mente e não sucumbir no desespero. Para ajudar ainda, participei de um casamento. E é exatamente sobre isso que eu vou falara nesse post. Sobre o casamento dos americanos que eu participei.
Muito bonito, os enfeites e tal. Foi numa espécie de camping na montanha, com arvores e flores pra tudo quanto é lado. Os padrinhos vestidos todos iguais (são so cinco. Não aquele mercado que é no Brasil), músicos bem ensaiados, com daminhas e pajens de acordo com os padrinhos, tapete de seda branco, cadeiras enfileiradas em meia lua, e com direito até a folhetinho de programação. Maravilhoso. So achei estranho as musicas.
Musica de abertura: Sonata n°.14 em C#minor de Ludwig van Beethoven (Sonata Ao Luar, pros caipiras). Tipo, o cara compos essa musica quando ele descobriu que tava ficando surdo (e eu to cagando pra discussão se ele era ou não surdo) e ele tava na maior depre possível. Impressionante. A melancolia, a raiva, a amargura e a angustia nos arpejos, toda a tristeza escrita nas dissonâncias e nos acordes menores, com o peso dolorido dos acordes oitavados no baixo. Toda a graça das inversões, das tercinas, das síncopas, das escalas, tudo formando harmoniosamente uma musica extremamente densa, triste e depressiva, perfeita para um velório, sendo tocada na abertura de um casamento. Nada contra, mas por favor né.
As musicas seguintes foram boas, mas a marcha nupcial eu achei estranha. Tocou Canon de Pachelbel. No violão. Tipo, geralemente se toca Marcha Nupcial de Sonhos de Uma Noite de Verão, de Mendelssohn ou coro nupcial da ópera Lohengrin, de Wagner (muito raro Wagner)... mas Pachelbel? Po... sacanagem. Musiquinha de ninar? Quase dormi na cadeirinha la. A daminha então, nem se fala. Ronco ate dize chega. Podia sei la, toca Backstreet Boys então. Ja que é pra avacalha, avacalha geral. Que coisa mais ridicula.
Mas tudo bem, eu tava la e isso que importa. Conheci a noiva na hora, o cara também. O pai dela muito gente boa apesar de se meio fanho. Gastei meu inglês com todos eles. Gente boa a galera la. Se veste mal pra burro, mas são gente boa. O buffet tava espetacular. Não é igual no Brasil que abre a porteira e vai os porcos todos em cima da comida. Dividido por mesa. So se serve a mesa chamada. Uma burocracia organizada. Salgadinhos, cachorro-quente, almôndegas (também chamadas de porpetas), bolo de tudo quanto é jeito. Pelamor de Deus. Comi ate o toba faze bico. So a bebida que era horrivel: Chá. Deus me livre. Tudo quanto é lugar aqui tem que ter chá. Chá, chá e chá. Um café horroroso e um chá pior ainda.
Mas foi bom. Uma nova experiencia, pessoas novas. Foi bom. Apesar da minha tia reclamando o tempo todo e querendo ir embora antes do fim da cerimônia, foi bom. Boa tarde pra voces ai, que vou me retirar para o meu quarto escuro e gelado, onde vou tentar não sucumbir na solidão. 

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