quarta-feira, 23 de junho de 2010

Só pra quem entende...

Estava aqui, sentado lendo no computador a historia infantil mais impressionante do século. "Alice no País das Maravilhas" de Charles Lutwidge Dodgson, sob o pseudonimo de Lewis Carroll.



Não vou postar o livro inteiro aqui, só o trecho que eu particularmente acho melhor. Além de outras cenas excepcionais, e geniais, mas considero esta, a melhor.

***

Capítulo 6
Porco e pimenta

(...)
“Gatinho de Cheshire”, começou, bem timidamente, pois não tinha certeza se ele gostaria de ser chamado assim: entretando ele apenas sorriu um pouco mais. “Acho que ele gostou”, pensou Alice, e continuou. “O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?”
“Isso depende muito de para onde você quer ir”, respondeu o Gato.
“Não me importo muito para onde...”, retrucou Alice.
“Então não importa o caminho que você escolha”, disse o Gato.
“...contanto que dê em algum lugar”, Alice completou.
“Oh, você pode ter certeza que vai chegar”, disse o Gato, “se você caminhar bastante.”
Alice sentiu que isso não deveria ser negado, então ela tentou outra pergunta.
“Que tipo de gente vive lá?”
“Naquela direção”, o Gato disse, apontando sua pata direita em círculo, “vive o Chapeleiro, e naquela”, apontando a outra pata, “vive a Lebre de Março. Visite qualquer um que você queira, os dois são malucos.”
“Mas eu não quero ficar entre gente maluca”, Alice retrucou.
“Oh, você não tem saída”, disse o Gato, “nós somos todos malucos aqui. Eu sou louco. Você é louca.”
“Como você sabe que eu sou louca?”, perguntou Alice.
“Você deve ser”, afirmou o Gato, “ou então não teria vindo para cá.”
Alice não achou que isso provasse nada afinal; entretanto, ela continuou: “E como você sabe que você é maluco?”
“Para começar”, disse o Gato, “um cachorro não é louco. Você concorda?”
“Eu suponho que sim”, respondeu Alice.
“Então, bem”, o Gato continuou, “você vê os cães rosnarem quando estão bravos e balançar o rabo quando estão contentes. Bem, eu rosno quando estou feliz e balanço o rabo quando estou bravo. Portanto, eu sou louco.”
“Eu chamaria isso de ronronar, não rosnar”, disse Alice.
“Chame do que você quiser”, disse o Gato.
(...)
“Eu disse porco”, retrucou Alice, “e eu gostaria que você parasse de aparecer e desaparecer repentinamente: você deixa a gente tonta!”
“Tudo bem”, disse o Gato, e desta vez ele desapareceu bem lentamente, começando pelo final do rabo e terminando pelo sorriso, que permaneceu por algum tempo depois do resto ter ido embora.
“Bem! Eu tenho visto muitos gatos sem sorriso”, pensou Alice, “Mas um sorriso sem um gato! É a coisa mais curiosa que já vi em toda minha vida!”
(...)

***

O livro inteiro voce encontra disponivel nas livrarias, bibliotecas, Saravia.com, Laselva.com, pra comprar... ou no http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/alicep.html pra ler de graça.

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