Não me pergunte o por que desse post. Apenas escrevi. Minha situação emocional no momento não é das melhores. Muitas idéias, muitos acontecimentos, poucos caminhos, poucas opções, nenhum resultado. Isso me frustra grandemente. Cheguei a chorar ontem. Não tenho vergonha de falar que chorei. Todos choram. Esse negócio de que homem não chora, é mentira. Eu sou homem suficiente pra adimitir que tenho medo, que choro, que erro, que preciso dos meus pais, que uso rosa e que posso pedir informação no transito. Chorei. Não sei o que fazer mais. Não é que não sei o que fazer, mas simplesmente não há mais nada a ser feito.
Toda rosa um dia murcha, o sol sempre se põe no fim do dia. A noite é sempre mais escura antes do amanhecer. Infelizmente, sinto que ainda são tres da manhã, e vai ficar mais escuro ainda. A vida é cruel. Me pergunto se, realmente é pra seguir, tateando às cegas, ou parar até que o dia apareça. Parar não posso, pois não posso impedir de caminhar quem me segue. Seguir não consigo, pois não enxergo o fim da estrada. E a cada dia que se passa, uma vontade de simplesmente não querer continuar. De permanecer deitado até que a vida melhore. Ou que alguem chegue em casa com uma correspondencia dizendo que sou o novo proprietario da Google. Mas não vai acontecer. Vou continuar aqui. Só mais um na multidão. Tentando caminhar às cegas na contra-mão do mundo. Não sozinho. Jamais sozinho. Mas entre a pessoa que me acompanha e a minha pessoa, existe algo. Ou alguem. Ou varios alguens. Ou apenas eu mesmo. Eu sei que ela está la. Eu escuto. Minha alma sente. Mas não posso ver. Até posso, mas é dificil.
No momento me encontro entre o desespero e a melancolia. Mais à beira do desespero. Dói. Vontade de correr e atropelar tudo o que esta na frente não me falta. Falta a força. Não ando mais por mim mesmo. Alguem me empurra. Ou carrega. Ja não sei ao certo. Só sei que nada sei. Ou penso que sei e não sei. Penso. Aquela expressão: Penso, logo existo. Falsa. Penso, logo pensei. Seria mais sensato. Existir é um fato medíocre. Todos nós existimos. Ou isso é Matix, e nada é real? Existir e viver é só uma questão de intensidade. E intensidade não tem sido a expressão mais proxima da minha existencia. Sim, minha existencia. Parei de viver a partir do momento que parei de caminhar.
Mas é só até o dia amanhecer. Tudo volta ao normal. Vou poder caminhar, ver quem me acompanha, olhar nos olhos e dizer: Obrigado. Ou acenar com a cabeça. Ou os dois. Ou dizer as tres palavras mais ditas hoje em dia: Eu te amo. Eu não tenho medo de amar. Amor não é tão diferente do ódio. O problema é que os odiosos odeiam dizendo que amam. E os que não amam dizem que amam para não parecerem estranhos. E os que amam tem medo de declarar, pois ninguem mais sabe se é amor ou deixa de ser. Ninguem mais sabe se é realmente um "eu te amo" do fundo da alma, com o conhecimento de que é o amor; ou se é um "eu te amo" dito como um caloroso "bom dia vizinho, como vai?". Pois nem isso mais sabemos fazer. Odiamos quem nos ama, e amamos quem não nos vê. Nebuloso. Mas logo logo vai amanhecer. E espero que não seja um dia de chuva.
tenso.
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