Não consigo mais escrever. Depois de tempos sem escrever algo que realmente me fizesse sentir vivo, util, ou capacitado pra escrever, simplesmente não consigo mais compartilhar nada de novo, nenhuma opinião nova, nada. Sinto que ultimamente não tenho tido experiencias suficientemente boas para desenvolver uma narrativa. Experiencias nem com outros, nem comigo mesmo. Não consegui gerar nem sequer um novo ponto de vista sobre qualquer coisa. Nada tem me afetado. Nem as festas, nem o chegar do novo ano. Nem os meus novos projetos, nem os novos projetos dos outros. Nada tem me despertado animo, nem me criado supresa ou sentimento de ansiedade. Simplesmente tenho sono. Tenho visto o passado, os meus textos, as minhas experiencias como um album em sépia. Como um filme em stop motion em terceira pessoa na qual o protagonista sou eu.
Vejo minha vida atual em escala de cinza. Um preto e branco insosso. Uma tentativa frustrada de um Cult à lá Charles Chaplin. Uma vida de revoluções mentais mortas, e palavras engolidas. De um tédio monstruoso e desanimo profundo. Sinto que meu corpo é resistente o suficiente para aguentar tudo isso e mais um pouco, sem ceder, sem vacilar, tropeçar ou tremer. Sinto que minha alma esta cheia de sentimentos, suficientes para não me fazer chorar, e me fazer assistir e rir de tudo como uma Fabula de Esopo com final previsível e moralista da qual eu não faço parte. Sinto meu espírito confortavelmente sentado em sua poltrona, conformado com a situação, enquanto meu ego é massageado por involuntarias lembranças. E minha tríade permanece estática enquanto meu mundo gira em torno de mim mesmo, morto e engaiolado.
Nada de novo. Nada de surpreendente. Nada da qual sinta vontade de expressar. Sinto-me preso em mim mesmo, escravo da minha morbidez. Sedentario em minhas visões turvas e sem nexo, na qual vago permanentemente em busca de mim mesmo. Em busca de algo novo. Em busca de uma inspiração pra voltar a escrever.
Acho que nesse vazio todo, acabei de encontrar algo. Não sei de que serve, não sei o que é. Acho que minha inspiração do momento é o vazio que me cerca. Nós somos a nossa própria inspiração. Nós somos nosso próprio destino. Nós somos nosso caminho, nosso texto e nossas surpresas. Nós nos fazemos novos a cada manhã. Só depende de nós. Eis que achei então meu problema: Minha morte não esta na falta de experiencia, e sim na falta de busca por tais experiencias.
Não preciso de inspiração pra escrever. Não preciso que aconteça algo novo pra escrever. Eu sou o que escrevo, eu sou o que vivo, eu sou o que sou, independente de quem, onde, como, quando, por que e todas as outras interrogações possíveis. Ninguem sabe o que sou. Nem mesmo eu sei. Por isso continuarei vagando e divagando em busca de mim mesmo, no meu mundo cinza e insípido, ou no meu desconhecido novo mundo, diferente de tudo que ja vi e ja tive.
Tenho uma leve impressão de que voltei a escrever.
Vejo minha vida atual em escala de cinza. Um preto e branco insosso. Uma tentativa frustrada de um Cult à lá Charles Chaplin. Uma vida de revoluções mentais mortas, e palavras engolidas. De um tédio monstruoso e desanimo profundo. Sinto que meu corpo é resistente o suficiente para aguentar tudo isso e mais um pouco, sem ceder, sem vacilar, tropeçar ou tremer. Sinto que minha alma esta cheia de sentimentos, suficientes para não me fazer chorar, e me fazer assistir e rir de tudo como uma Fabula de Esopo com final previsível e moralista da qual eu não faço parte. Sinto meu espírito confortavelmente sentado em sua poltrona, conformado com a situação, enquanto meu ego é massageado por involuntarias lembranças. E minha tríade permanece estática enquanto meu mundo gira em torno de mim mesmo, morto e engaiolado.
Nada de novo. Nada de surpreendente. Nada da qual sinta vontade de expressar. Sinto-me preso em mim mesmo, escravo da minha morbidez. Sedentario em minhas visões turvas e sem nexo, na qual vago permanentemente em busca de mim mesmo. Em busca de algo novo. Em busca de uma inspiração pra voltar a escrever.
Acho que nesse vazio todo, acabei de encontrar algo. Não sei de que serve, não sei o que é. Acho que minha inspiração do momento é o vazio que me cerca. Nós somos a nossa própria inspiração. Nós somos nosso próprio destino. Nós somos nosso caminho, nosso texto e nossas surpresas. Nós nos fazemos novos a cada manhã. Só depende de nós. Eis que achei então meu problema: Minha morte não esta na falta de experiencia, e sim na falta de busca por tais experiencias.
Não preciso de inspiração pra escrever. Não preciso que aconteça algo novo pra escrever. Eu sou o que escrevo, eu sou o que vivo, eu sou o que sou, independente de quem, onde, como, quando, por que e todas as outras interrogações possíveis. Ninguem sabe o que sou. Nem mesmo eu sei. Por isso continuarei vagando e divagando em busca de mim mesmo, no meu mundo cinza e insípido, ou no meu desconhecido novo mundo, diferente de tudo que ja vi e ja tive.
Tenho uma leve impressão de que voltei a escrever.
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