Existe um velho ditado que diz: "Quem bate se esquece em quem bateu, mas quem apanha se lembra de quem apanhou". É uma verdade, mas não se aplica a todos. À mim, por exemplo, não se aplica. Em partes talvez. É involuntario. Não são coisas que nos lembramos, por que queremos nos lembrar. São memórias, muitas vezes mortas e apodrecidas, que se deturpam e pioram cada dia mais, que simplesmente vem à mente e nos assustam, ou nos enxem de ódio e rancor, que nos amargam. São repentinas e medonhas, inescrupulosas e sádicas. É como se olhasse para meu corpo nu ao espelho e visse minha pele repleta de cicatrizes e me viesse à mente a história de cada uma.
Como se cada pedaço do meu corpo tivesse uma marca inapagável de quem um dia eu fui, e de quem um dia me odiou. Tenho gravado na mente, como se na própria pele, as marcas do ódio de muitos que comigo conviveram. Sinto nos ossos a dor de cada pedrada, de cada chicotada, de cada soco. Sinto arder na minha carne as palavras. Mas toda a dor, toda memória, toda raiva e ódio que cresce em mim, só serve pra me deixar mais forte. Me da apoio para levantar e seguir em frente. Não me abate saber que me odeiam. Me fortalece.
Mas o ditado diz que quem bate nunca se lembra em quem bateu. Mas eu me lembro. Não sei por que, mas sinto peso em minhas mãos. Sinto sangue escorrendo delas. Não sei explicar o porque, só sei que me sinto culpado pelas pedras que atirei, pelas chicotadas que ja dei. Pelas minhas palavras. Acho que é natural do ser humano se sentir culpado por algumas perdas, ou por atitudes, mas não carregar um jugo eternamente. Creio que isso me acorrenta à realidade de que todos somos falhos e eu mais ainda. De que eu não sou normal. Creio que vejo em minhas feridas, as feridas dos outros, e sinto em mim a dor dos outros. De que o mundo gira em um sentido e eu corro no sentido contrario, fugindo de tudo isso. Creio que por ser desse jeito, sinto mais do que os outros, carrego mais que os outros, sou mais forte que os outros. Por causa disso, eu consigo fazer das minhas cicatrizes a minha força, e das cicatrizes alheias, as minhas chagas.
Acho que o fato de ter causado dor há tempos, me faz sentir dores triplicadas hoje. Por um lado é bom. Sinto-me forte, experiente e inabalado. Por outro lado, tenho insonia. Insonia por medo de passar por tudo de novo, insonia por ver todo dia as mesmas imagens antes de dormir. Imagens de quem eu realmente sou: fruto de dores.
Como se cada pedaço do meu corpo tivesse uma marca inapagável de quem um dia eu fui, e de quem um dia me odiou. Tenho gravado na mente, como se na própria pele, as marcas do ódio de muitos que comigo conviveram. Sinto nos ossos a dor de cada pedrada, de cada chicotada, de cada soco. Sinto arder na minha carne as palavras. Mas toda a dor, toda memória, toda raiva e ódio que cresce em mim, só serve pra me deixar mais forte. Me da apoio para levantar e seguir em frente. Não me abate saber que me odeiam. Me fortalece.
Mas o ditado diz que quem bate nunca se lembra em quem bateu. Mas eu me lembro. Não sei por que, mas sinto peso em minhas mãos. Sinto sangue escorrendo delas. Não sei explicar o porque, só sei que me sinto culpado pelas pedras que atirei, pelas chicotadas que ja dei. Pelas minhas palavras. Acho que é natural do ser humano se sentir culpado por algumas perdas, ou por atitudes, mas não carregar um jugo eternamente. Creio que isso me acorrenta à realidade de que todos somos falhos e eu mais ainda. De que eu não sou normal. Creio que vejo em minhas feridas, as feridas dos outros, e sinto em mim a dor dos outros. De que o mundo gira em um sentido e eu corro no sentido contrario, fugindo de tudo isso. Creio que por ser desse jeito, sinto mais do que os outros, carrego mais que os outros, sou mais forte que os outros. Por causa disso, eu consigo fazer das minhas cicatrizes a minha força, e das cicatrizes alheias, as minhas chagas.
Acho que o fato de ter causado dor há tempos, me faz sentir dores triplicadas hoje. Por um lado é bom. Sinto-me forte, experiente e inabalado. Por outro lado, tenho insonia. Insonia por medo de passar por tudo de novo, insonia por ver todo dia as mesmas imagens antes de dormir. Imagens de quem eu realmente sou: fruto de dores.
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