quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

OH SHIT!


Estava meditando sobre o nome do blog. "Oh Shit!" é uma expressão semelhante a ou "Puta que la merda" ou "Cacete". Uma expressão mais moderna para se comparar seria: "FFFUUU". Enfim, estava meditando nas situações em que passamos e dizemos com o fundo da alma: OH SHIT!

No transito:
- Hahahahaha... presta atenção na pista ae...
- Hahaha... to prestando mano...
- Beleza... termina de conta o bagulho ai...
- Então, a gente tava saindo do restau... (capivara entra na pista) OH SHIT!

***

- Cuidado crianças na hora de descer hein... olha pra ve se não vem carro...
- Ta bom pai...
(Garoto olha pela janela abre a porta)
(Pai olha o menino descendo e ve um motoqueiro)
- OH SHIT!

No mercado:
- Menino, pára de corre com esse carrinho...
- Eu não to correndo mãe...
- To mandando parar... se voce vira esse carinho voce vai leva uma surra...
- AAAi... ta bom...
(Conitnua correndo)
(O carrinho faz a curva muito rapido, perde o controle, começa a capotar)
- OH SHIT!
(Ve a mãe furiosa caminhando em sua direção)
- OH SHIT!²

***

- Mãe, posso pegar os ovos?
- Pode... mas cuidado pra não derru... OH SHIT!

***

- CPF na nota?
- Sim...
(Imposto de renda)
- OH SHIT!

Em casa:
(Pai entra no quarto do filho)
- E aí filhão... vamo joga videoga... OH SHIT!

***

- Mãe... posso te ajudar a cozinhar?
- Pode...
- Que é isso?
- É a panela do feijão... não abre senão... OH SHIT!

***

- Vamo frita batata?
- Bora la...
(Oleo pega fogo)
- OH SHIT! Faz o que agora?
- Sei la... taca água...
(Joga um copo d'água)
- OH SHIT!²

***

- Mi, vai faze arroz...
- Ta bom... (¬¬')
(Depois de 20 minutos)
- Tamires... que cheiro é esse de queimado?
(Vai na cozinha ver o arroz)
-VOCE NÃO POS ÁGUA NO ARROZ???
- OH SHIT!

***

- Mãe... vo faze um bolo pro Thiago...
- Gente... Graziele vai fazer bolo...
- OH SHIT!



OBS: Todas essas são situações verídicas vividas por mim ou por amigos meus.
OBS²: Agora, Tamires ja sabe que tem que por água no arroz.
OBS³: O bolo da minha namorada ficou gostoso... apesar de todo mundo fica zuando ela. Pelo menos bolo ela sabe fazer.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cicatrizes...

Existe um velho ditado que diz: "Quem bate se esquece em quem bateu, mas quem apanha se lembra de quem apanhou". É uma verdade, mas não se aplica a todos. À mim, por exemplo, não se aplica. Em partes talvez. É involuntario. Não são coisas que nos lembramos, por que queremos nos lembrar. São memórias, muitas vezes mortas e apodrecidas, que se deturpam e pioram cada dia mais, que simplesmente vem à mente e nos assustam, ou nos enxem de ódio e rancor, que nos amargam. São repentinas e medonhas, inescrupulosas e sádicas. É como se olhasse para meu corpo nu ao espelho e visse minha pele repleta de cicatrizes e me viesse à mente a história de cada uma.
Como se cada pedaço do meu corpo tivesse uma marca inapagável de quem um dia eu fui, e de quem um dia me odiou. Tenho gravado na mente, como se na própria pele, as marcas do ódio de muitos que comigo conviveram. Sinto nos ossos a dor de cada pedrada, de cada chicotada, de cada soco. Sinto arder na minha carne as palavras. Mas toda a dor, toda memória, toda raiva e ódio que cresce em mim, só serve pra me deixar mais forte. Me da apoio para levantar e seguir em frente. Não me abate saber que me odeiam. Me fortalece.
Mas o ditado diz que quem bate nunca se lembra em quem bateu. Mas eu me lembro. Não sei por que, mas sinto peso em minhas mãos. Sinto sangue escorrendo delas. Não sei explicar o porque, só sei que me sinto culpado pelas pedras que atirei, pelas chicotadas que ja dei. Pelas minhas palavras. Acho que é natural do ser humano se sentir culpado por algumas perdas, ou por atitudes, mas não carregar um jugo eternamente. Creio que isso me acorrenta à realidade de que todos somos falhos e eu mais ainda. De que eu não sou normal. Creio que vejo em minhas feridas, as feridas dos outros, e sinto em mim a dor dos outros. De que o mundo gira em um sentido e eu corro no sentido contrario, fugindo de tudo isso. Creio que por ser desse jeito, sinto mais do que os outros, carrego mais que os outros, sou mais forte que os outros. Por causa disso, eu consigo fazer das minhas cicatrizes a minha força, e das cicatrizes alheias, as minhas chagas.
Acho que o fato de ter causado dor há tempos, me faz sentir dores triplicadas hoje. Por um lado é bom. Sinto-me forte, experiente e inabalado. Por outro lado, tenho insonia. Insonia por medo de passar por tudo de novo, insonia por ver todo dia as mesmas imagens antes de dormir. Imagens de quem eu realmente sou: fruto de dores.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um Dia...

Um dia quente. Não exaustivamente quente. Mas faz sol. Digamos, um dia agradavel. A brisa fresca diminuia a sensação térmica e refrescava o ambiente. Nenhuma nuvem sequer. As árvores, com suas majestosas folhas novamente verdes após o inverno, remexiam-se ao som das aguas mansas do lago. Uma nevoa fria e branca pairava sobre as aguas, e tornava-se cada vez mais densa ao se aproximar das montanhas ao horizonte. O vale era belo. Durante o inverno, morto, mas assim que a primavera chegava, tornava-se um paraíso. Ao longe, as pastagens antes secas e amarelas, davam lugar ao capim alto novo que dançava com o vento. Passaros cantam.
A casa era a uns 50 metros da beira do lago. Uma baixada de cascalhos separava a porta dos fundos do lago. Uma casa grande, branca, de madeira. Grandes janelas em todos os lados da casa. Um ninho campestre. Vazia. Não completamente, mas vazia. A casa parece morta, semelhante ao inverno. Mora um senhor ali. Há 25 anos ele mora la. Todos os dias sua rotina é acordar cedo, preparar o café, comer com sua esposa à mesa, sair, cuidar da grama, enquanto sua mulher cuida das roseiras, voltar para sua varanda e apreciar a perfeição do vale em sua cadeira de balanço. Almoçar e ir na cidade com a mulher. Mas havia uma semana aproximadamente que sua rotina fora quebrada. Não tinha mais mulher para cuidar das roseiras. Nem para acompanha-lo durante o café, ou durante sua ida à cidade. Não havia mais o motivo para apreciar a perfeição do vale, pois ela tinha morrido.
Agora, a casa está naufragada num vazio profundo, como se perdida numa neblina. Mas hoje é um dia diferente. O sol brilha mais forte nessa quase tarde de primavera. É quase meio dia e a casa permanece estatica. Nem um movimento sequer. Mas hoje é um dia diferente. Não há mais solidão na casa. Não existe mais o peso da exclusão. A partir de hoje o vale volta a ser perfeito. Volta a ser o paraíso das manhãs primaveris. Exatamente como era antes, exceto pelo pobre velho que, agora, com a brisa balança com seu pescoço destroncado sob a magnifica copa do carvalho velho plantado ao lado da casa. Tudo exatamente como era pra ser: Uma bela tarde de primavera.






Não faz sentido, nem é agradável escrever sobre suicídio quando se tem tudo para uma história feliz. O que não faz mais sentido ainda é saber que realmente acontece.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Minha Inspiração... Se Foi...


Não consigo mais escrever. Depois de tempos sem escrever algo que realmente me fizesse sentir vivo, util, ou capacitado pra escrever, simplesmente não consigo mais compartilhar nada de novo, nenhuma opinião nova, nada. Sinto que ultimamente não tenho tido experiencias suficientemente boas para desenvolver uma narrativa. Experiencias nem com outros, nem comigo mesmo. Não consegui gerar nem sequer um novo ponto de vista sobre qualquer coisa. Nada tem me afetado. Nem as festas, nem o chegar do novo ano. Nem os meus novos projetos, nem os novos projetos dos outros. Nada tem me despertado animo, nem me criado supresa ou sentimento de ansiedade. Simplesmente tenho sono. Tenho visto o passado, os meus textos, as minhas experiencias como um album em sépia. Como um filme em stop motion em terceira pessoa na qual o protagonista sou eu.
Vejo minha vida atual em escala de cinza. Um preto e branco insosso. Uma tentativa frustrada de um Cult à lá Charles Chaplin. Uma vida de revoluções mentais mortas, e palavras engolidas. De um tédio monstruoso e desanimo profundo. Sinto que meu corpo é resistente o suficiente para aguentar tudo isso e mais um pouco, sem ceder, sem vacilar, tropeçar ou tremer. Sinto que minha alma esta cheia de sentimentos, suficientes para não me fazer chorar, e me fazer assistir e rir de tudo como uma Fabula de Esopo com final previsível e moralista da qual eu não faço parte. Sinto meu espírito confortavelmente sentado em sua poltrona, conformado com a situação, enquanto meu ego é massageado por involuntarias lembranças. E minha tríade permanece estática enquanto meu mundo gira em torno de mim mesmo, morto e engaiolado.
Nada de novo. Nada de surpreendente. Nada da qual sinta vontade de expressar. Sinto-me preso em mim mesmo, escravo da minha morbidez. Sedentario em minhas visões turvas e sem nexo, na qual vago permanentemente em busca de mim mesmo. Em busca de algo novo. Em busca de uma inspiração pra voltar a escrever.
Acho que nesse vazio todo, acabei de encontrar algo. Não sei de que serve, não sei o que é. Acho que minha inspiração do momento é o vazio que me cerca. Nós somos a nossa própria inspiração. Nós somos nosso próprio destino. Nós somos nosso caminho, nosso texto e nossas surpresas. Nós nos fazemos novos a cada manhã. Só depende de nós. Eis que achei então meu problema: Minha morte não esta na falta de experiencia, e sim na falta de busca por tais experiencias.
Não preciso de inspiração pra escrever. Não preciso que aconteça algo novo pra escrever. Eu sou o que escrevo, eu sou o que vivo, eu sou o que sou, independente de quem, onde, como, quando, por que e todas as outras interrogações possíveis. Ninguem sabe o que sou. Nem mesmo eu sei. Por isso continuarei vagando e divagando em busca de mim mesmo, no meu mundo cinza e insípido, ou no meu desconhecido novo mundo, diferente de tudo que ja vi e ja tive.
Tenho uma leve impressão de que voltei a escrever.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Dia escuro


Ontem foi um belo Sábado pela manhã. O dia estava claro, algumas nuvens que deixava o céu ainda mais bonito. A tarde as nuvens brancas começaram a ficar cinzas, e então começou a chuva e o dia ficou escuro.

Fiquei olhando a chuva pela janela do quarto, e viajando em minha vasta fonte de imaginação.

Aquela tarde escura em que nada faz o mínimo sentido, em que vc quer matar o tempo, enquanto ele te mata silenciosamente. E de repente, evaporamos, antes mesmo da chuva terminar...

Cheguei a conclusão que a loucura não é uma ruína, mas sim um beneficio da imaginação. Ai depende muito do ângulo que vc realmente a vê.

Naquele momento de total observação me achei 'crazy', talvez por pensar nisso sem algum motivo especifico, ou talvez especifico até demais...

Dias escuros, dias escuros...


Postado por Thami.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Trabalhar = Fome , fome , fome

São exatamente 01:48 da matina de uma quarta-feira, meu primeiro post do ano, e eu acabei de grelhar um filé de frango na churrasqueirinha eletrica e esquentar o arroz da janta.
Caracaaaaaaa que fome. Mas bem... não é sobre isso meu post.
Já começo a sentir o peso do ano de 2011, pois estava até minutos atrás procurando emprego. Terminei o ensino médio, logo mais concluo o técnico e lá se foi minha boa vida de apenas estudar. Agora vai ser trabalhar e estudar, essa é minha meta pra esse ano, mas agora só preciso de um ... emprego.
Fiz meu currículo, sem muito o que colocar nele mas ta feitinho, enviei pra váaaaaarias empresas e agora é esperar o telefone tocar...
Acho que estou fazendo isso a mais de 2 horas aqui no computador procurando vagas pra empregos, é uma proposta pior que a outra pra estagio, meu Deus, da até vontade de fazer mala bares no sinal, porque até isso deve ganhar melhor que esses salarinhos que eles propõe.
Quase chorei aqui... mas vou guardar minhas lágrimas caso ninguém me retorne marcando uma mera entrevista pra ganhar a bostinha de um salarinho.
E a minha conclusão foi : Se procurar emprego me fez jantar pela segunda vez a 1 e poco da manhã, IMAGINE TRABALHAR!!!
Vou ter que ganhar pelo menos pra pagar uma academia.

Ps : Se alguém tiver alguma proposta de emprego, favor entrar em contato comigo. Atenciosamente Thami Menas.
Ps2 : Estou sem criatividade pro Titulo do post

Postado por Thami