domingo, 5 de fevereiro de 2012

Aos Teus Olhos.


Negro. Negro como o mar da meia noite. Tão escuro quanto a ultima hora antes da alvorada. Toda luz aprisionada no negro dos seus olhos. Íris cor de mel, e pupilas negras. Profundamente negras, capazes de absorver todo o meu universo. Meu mundo. Minha vida.
Na profundidade deste olhar negro, me guio para luzes tão distintas quanto as cores da aurora. Cores mil, dançantes. Me guio para sons e lugares distantes. Polisinese. Míticas divagações e introspecções são despertas ao fitá-los no negro, além de epifanias. Epifanias de quem eu sou.
Este pequeno orifício negro é onde achei o significado de tudo. Minha filosofia. Meus princípios. Os meus olhos refletidos, como um espelho revelador. E enquanto estes olhos negros me instigam, me criam, me nascem, uns outros olhos, amendoados, me cuidam, me saram, e na fusão de negro e mel, me acho amando e sendo amado.
Na missigenação das cores e dos sons, dos olhos e dos meus olhos, me acho perdido, e me encontro aconchegado em braços quentes que me aninham. Me acho assim, quem eu sou, esclarecido e iluminado, forte em meus conceitos, mas assim como sou, me acho fragil em seus braços.
E é assim, e assim será, por todas as vezes que me olhar no negro dos seus olhos, margeados po um mel, tão doce quanto meu amor por ti.

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