quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PROVA



Acabei de sair da prova. Direito Civíl. Excelente. Muito bom. Facil. Tão facil como andar de bicicleta. Vendado. Na Índia. Mentira. Tava facil sim. Pra quem só leu o caderno, até que eu fui bem. Não tenho tempo pra estuda. Semana que vem eu tenho prova de IED-A (Introdução ao Estudo de Direito). Claro que eu vou debulhar na prova. Um milho só se for, por que o livro ta na minha mão e eu to aqui digitando pra um bando de desocupados. Se é que tem um bando de desocupados que leêm esse lixo humano que é o meu blog (e da minha maninha).
Enfim. Segunda eu tive prova de Sociologia e Política e TGE (Teoria Geral do Estado). Fui muito bem. Tão bem quanto um tetraplégico nos 100 metros com obstáculos. Um desses dias atras eu tive prova de Direito Penal. Super bem. Super facil. Mais facil que Direito Penal, só sexo na rede plantando bananeira. É claro que eu sou um aluno exemplar, mas convenhamos: Primeiro ano, coisas novas, nem lembro mais como faz prova, não faço mais idéia de como estudar.
Sejamos sensatos: melhora depois.
Tenho aula agora, deixarei voces a sós. Adeus.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Shit!




Merda (do latim merda) é uma expressão geralmente pejorativa, polissêmica e usada principalmente na linguagem coloquial. Em sentido estrito, é resultado do processo digestivo e refere-se às fezes expelidas por um organismo vivo, usualmente expulsas do corpo pelo ânus.

Sem mais descrições!

Postado por Thami

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Odeio...

Odeio odiar tudo. Ou quase tudo. Grande parte das coisas me deixam frustrado ou com raiva. Odeio me frustrar. Odeio sentir raiva. Odeio ser incapaz. Odeio ser muito capaz. Odeio ser cobrado, odeio cobrar, odeio responsabilidades excedentes às minhas. Odeio o ócio completo. Odeio gente hipócrita, odeio hipocrisia, odeio quando sou hipócrita. Odeio que me pressionem, odeio pressionar, odeio quem me odeia, odeio quem me ama. Odeio quem me priva da minha insanidade, odeio quem adere a ela. Odeio acepção de pessoas. Odeio pessoas normais. Não sei o que são pessoas normais, pois tudo é relativo. Odeio relativismo. Odeio pessoas burras, odeio pessoas que se acham inteligentes, odeio pessoas sem respeito, odeio pessoas. Odeio a raça humana. Odeio a conformidade do mundo. Odeio a publicidade falsa da vida, odeio quem não segue ela. Odeio ideologias, utopias, conspirações, e outros pensamentos banais. Odeio quem não pensa. Odeio quem invade minha privacidade. Odeio isolamento. Odeio os pobres. Odeio os ricos. Odeio a classe média. Odeio o Estado. Odeio a supremacia do Estado. Odeio quem se subordina. Odeio grevistas. Odeio sindicato. Odeio movimentos. Odeio seguidores de movimentos. Odeio ecleticismo. Odeio conservadorismo. Odeio liberalismo. Odeio contradições. Odeio quando sou contraditório. Odeio quando me faltam argumentos. Odeio quando sobram argumentos. Odeio quem fala demais. Odeio quem não se manifesta. Odeio opiniões. Odeio quem se omite. Odeio quando sou confrontado, odeio confrontar. Odeio ficar em casa. Odeio mais ainda deixa-la. Odeio tudo o que me cerca. Odeio Freud, odeio Marx, odeio filosofia, odeio sociologia, odeio a sociedade, odeio viver em sociedade. Odeio enclausuramento. Odeio censura. Odeio liberdade demasiada. Odeio pessoas guiadas pela ignorancia, odeio quem impõe o cabresto. Odeio cegos, coxos, surdos e mudos, politicamente, socialmente e mentalmente falando. Odeio pessoas saudáveis, no mesmo sentido, que não usam sua capacidade. Odeio pessoas perfeitas. Odeio imperfeições. Odeio política, economia, religião. Odeio. Mas no que se difere o ódio do amor? Odeio tudo que me faz viver. Amo a vida.
Odeio amar.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Matar ou Morrer?


Quinta-feira. 8:17.
Bom dia. Bom dia? E o que é que tem de bom?
Tenho andado meio violento nas últimas 8 horas. Não dormi. Não consegui dormir. Fiquei la na cama deitado, pensando em dar um tiro em alguem. Não sei. Às vezes eu acho que isso é normal. Ficar pensando em dar tiros nos outros deve ser normal. Eu me estresso muito rapido. Pra eu rasgar, é questão de segundos. É só cutucar um pouco mais e pronto, a bomba explode. E sai de perto se não quer levar coice. E se tentar acalmar, vai levar tambem. Não to nem vendo.
Fiquei nervoso. O motivo não te importa. "Ai, que grosso!". Ja te digo o que é grosso. Nem adianta tentar dar showzinho de moral, não vai cola. O maximo que voce vai conseguir é que eu te mande, delicadamente como um rinoceronte no cio, pra a prostituta que te pariu. Mas tudo é só uma questão de tempo. Depois passa.
Eu sou meio bipolar. Meio não. Eu tenho quase certeza que eu sou bipolar. Vontade de matar. Vontade de morrer. Vontade de mandar todo mundo toma na bunda. Vontade de simplesmente deitar e não levantar mais. De dar tiro nos outros. Mas entre matar e morrer, eu prefiro morrer. Mesmo que eu mate, nunca vou matar todas as pessoas que devem morrer. É mais preferível morrer, pois acaba com esse dilema. Se eu continuar vivo, vou continuar me estressando com gente fútil, gente escrota, gente hipócrita, com gente que não tem mais o que fazer. Se eu morrer, todas essas pessoas vão no meu velório, mentir pra minha mãe, pro meu pai, e pra minha namorada, dizendo que eu vou fazer falta e que era um bom rapaz. Fato. Melhor eles mentindo ao meu favor, do que mentindo pra me envergonhar.
Mas não me importo. Essa situação é indiferente pra mim. Não me arrependo de nada que ja fiz. Só me arrependo das coisas que não fiz. Barão Vermelho ja dizia: "Errar é aprender, viver é deixar viver". Eu vivo minha vida, junto com um bando de invejosos que tambem tentam viver a minha vida, no meu corpo, na minha mente. Pobres coitados. Vão morrer em vão, e a culpa (pra não perder o costume) vai ser minha.
A unica coisa que eu quero no momento, é voltar pra casa, deitar na minha cama, e acordar só meio dia, e continuar deitado na minha cama até amanhã de manhã. É ignorar todas as coisas superficiais da minha vida, e amar tudo aquilo que me satisfaz. Não vou mudar por quem não merece. Não vou me sacrificar por algo que não vale. Não quero ser amado por gente falsa, nem por gente fraca. Não quero sustentar indignos. Não quero mais correr atras de misérias. Quero ficar ao lado de quem me ajuda, de quem me quer. De quem não se importa com a minha bipolaridade, de quem não se importa com as minhas grosseirias. De quem não ve a minha hipocrisia, de quem não ve a minha malícia. De quem me supera, de quem me sustenta. Quero voltar a dormir. Quero voltar a sonhar.
Quero matar o que me mata, e morrer de amor.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ajude-nos... POR FAVOR?


Eu achava que não dava pra ficar pior, mas sempre da pra ficar pior. É lei.
Estava eu, sentado em minha mesa há alguns dias, quando meu patrão chegou e reparou na planta que fica na porta, recepcionando os clientes, e disse: "Voces não tão molhando a planta né?". Claro... que não. Não sei. Eu nunca molhei aquela planta. Enfim, olhei pra planta e vi que estava mais seca que boca de morto. Extremamente, absurdamente seca. Amarela. O jardineiro foi la, mexeu na terra e mais uns bagulhos la e disse que era pra molhar 2 vezes por semana, que dali um tempo ela estaria melhor (nos induziu ao erro, pois não melhorou nada). O patrão, por sua vez, mais sábio que o jardineiro, mandou molhar 3 vezes por semana, pra acelerar o processo. Acho eu que por esse motivo, ou só por precaussão. O que não nos convem, nem nos importa o que ele achou. Continua sendo patrão, por isso, mais inteligente que todos nós.
E é ai que meu relato se torna interessante, pois quem aparece para alegrar o dia é nada mais, nada menos que (o Bozo - mentira) ela: Berenice (agora com mais 2 nomes) Gislainea Adalberto (e o ultimo nome no masculino). Ela estava regando a planta normalmente, até que hoje (ontem - 20/09) ela foi iluminada pelo mesmo espírito de Freud que me iluminou no seu próprio diagnóstico, e teve a seguinte dedução: "A planta ta assim por que ela ta triste... ninguém conversa com ela... a gente tem que conversa mais com ela".
Pasmem, mas sim, foi exatamente isso que voce leu. Ainda não acredita? Leia novamente, por que eu não estou afim de escrever aquela heresia de novo.
Eu achava que depois daquele banho de água fria (meu diagnóstico) ela tinha parado com suas paranóias e sua insensatez. Mas não. Cada vez pior. Ela guardou o sapato no cesto de roupa suja. Graças ao bom Deus que não foi na geladeira... ainda. Ela deu conselhos de relacionamento para um amigo dela, achando que fazia o bem. O resultado foi excelente: a noiva dele terminou no mesmo dia. FATO. Chegamos a desconfiar que foi ela que destruiu a planta, passando chapinha nas folhas da coitada, tudo isso por que Berenice G. A. não se contenta que seu cabelo é mil e uma utilidades. Ela quer que todo mundo comprimente a planta. Percebe o nivel que chegou a situação? Imagina voce na recepção de um escritório de advocacia, quando de repente, o advogado que vai te atender passa e diz:
"Olá planta, como foi sua noite? Ah, que bom... tenha um bom dia" - Extreme No Sense.
Portanto, peço encarecidamente, que tenham misericórdia de mim e me mande um caminhão de Gardenal, e me indiquem um convênio que cubra tratamento psiquiatrico intensivo, pra eu repassar pra ela. Por favor, tenham compaixão, não só de mim que vos escrevo, mas dos outros funcionarios que convivem com ela. Se não consegui te convencer ainda, peço compaixão por ela, ou até mesmo pelos pais que sofrem. Tenham piedade dessa pobre menina sem sobrenome, e com sérios problemas.
Pobre Berenice Gislainea Adalberto.

Dedicado à Ana Paula Fabiano. (De novo).

PS: Tenho urgência quanto à carga de Gardenal. Obrigado.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

É de cagar...

Segunda-feira, 20 de Setembro de 2010. 14:27.
Ana: "Voce precisa ir no banco"
Eu: "Que banco?"
Ana: "Bradesco"
Eu:
EU ODEIO (de ódio mortal) IR NO BANCO. Principalmente no Bradesco. Mais ainda na semana do dia 5 e do dia 20. É a maior pedreiragem junta do mundo. Voce chega no banco, comprimenta o segurança e olha a fila quilométrica que se forma diante do caixa. O maior acumulo de pintores, pedreiros, vendedor de celular das Lojas Cem, Casas Bahia, Pernambucanas, etc. (nada contra as profissões, mas só estou dizendo o que eu vi hoje) e velhas caquéticas e reumáticas com seus andadores, begalas e seus suportes para soro, andando vagarosamente como tartarugas cegas e mancas fedendo Naftalina e Pinho Sol. O odor mais forte no ar é o de sovaco suado, e de cimento com tinta. Voce começa a suar e sentir ansias de vomito, só de chegar no fim da fila. 15 caixas. 3 funcionam. Excelente. Cheguei na fila exatamente 14:32. Anos se passaram ate que eu pudesse chegar menos longe do caixa.
Nessa hora, o cheiro ja tava tão forte que eu alucinava. Imaginei aquela velha do filme Patch Adams que mergulha numa piscina de macarrão, sendo jogada numa panela de macarrão ainda cozinhando. Imaginei ela gritando agoniadamente enquanto despelava na agua fervendo. Muito bom. Passei então a perceber como estagiário é uma profissão de honra. Pensei na lógica do meu trabalho:
"Um milhão de petições pra guardar. Eu sou 'estagiário'. Logo, não vou guardar petições, e sim passar uma hora e meia em pé na fila do banco cheirando suvaco de velha".
Ah, meu Deus. Por que tem que ser assim? Não podia ser tão mais facil? Até o Banco do Brasil tem cadeirinha almofadada pra voce sentar enquanto aguarda sua senha, por que o Bradesco não pode ter um esquema de senha com cadeirinhas almofadas? E O PIOR, é que la tem uma maquina escrito: TOQUE NA TELA (touch screem é luxo) E RETIRE SUA SENHA. Toque na tela, retire a sua senha, e aguarde na fila em pé para que seu atendimento seja semelhante ao da Lotérica. Tem sentido isso? TEM? Se voce achou sentido nisso, me explique para que de próxima vez, eu não fique com tanto ódio da fila do banco.
Estragou minha semana. AH, COMO EU ODEIO SEGUNDA-FEIRA.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Falácias...


Depois de uma aula de Lógica e Falácias, eu descobri que nada é lógico.

Toda criança quer ser alguma coisa foda. Toda criança quer ser astronauta, logo astronauta é foda. Todo pai é foda e todo filho é fodinha. Meu pai é foda, logo meu pai é astronauta. Eu sou filho do meu pai, logo, sendo meu pai foda, eu sou fodinha. Meu pai é filho do meu avô, logo meu avô é foda. Meu pai é filho do meu avô, logo meu pai é fodinha. Logo eu não sou mais fodinha. Não sendo eu mais fodinha, meu pai não é foda. Logo meu pai não é astronauta. Meu avô é foda, logo meu avô é astronauta. Eu não quero ser astronauta, logo não sou criança. Não sou criança, logo não quero ser foda. Quero ser Hermeto Pascoal, logo Hermeto Pascoal não é foda. Hermeto Pascoal não é foda, logo ele não é astronauta. Hermeto Pascoal não é astronauta, logo Hermeto Pascoal não é meu avô, logo Hermeto Pascoal é meu pai, logo Hermeto Pascoal é fodinha. Me perdi no pensamento, logo não quero mais continuar com essa merda aqui.

Essa é a Lógica Indutiva. Cheia de falácias. Chega a ser ridícula. Confusa. Banal. Da asco só de tentar acompanhar. Extremamente inútil e impertinente. Diferente da Lógica Dedutiva, que é simples, facil e é rasoavelmente aceitável. Um exemplo pratico:

Todo mundo quer ser alguma coisa foda. Se Hermeto Pascoal é foda, deduz-se que todo mundo quer ser ele.

Quem duvida que o Hermeto Pascoal é foda?

Maquina de escrever em inglês


Ontem, terça-feira(14), me aconteceu um acontecimento /pleonasmo, que me fez me sentir humilhada, burra, retardada, inocente e etc.
Vou relatar o acontecimento :

Quarta aula, de Matemática, entro na sala, pego meu lugar no fundo, junto 3 meses com minhas amigas, como sempre.
O professor foi até minha mesa e disse - coisa do capeta(minha marca registrada, no final do post falo o porque dele me chamar assim), vc pode ir na secretaria pra mim e pedir a Maquina de escrever em inglês?
Eu : - Nossa professor, como assim?
Ele : - pede pro Mário, pra Rosana, pra alguém la da secretaria
Eu : - mas ainda existe isso?
Ele : - é a de inglês
Eu : - puuf que coisa ultrapassada , eu em
Ele : - vc pode ir pedir?
Eu : - vou sim

Pois bem, saí da sala e encontrei a coordenadora, e perguntei :
- Zoraide, o Marcelo ta pedindo a maquina de escrever em inglês
Zoraide : - hum... fala pra ele que ta emprestada pra outro professor, que assim que desocupar eu levo pra ele
Eu : - Ah, ta bom, obrigado

Voltei pra sala e disse ao professor o que a Zoraide tinha dito
ele disse - A Zoraide não sabe de nada, isso vc tem que perguntar na secretaria
Eu : - mas professor, pra que vc quer isso, meu Deus, maquina de escrever
Ele - mas é de inglês

E lá foi eu na secretaria, chegando la eu disse - Ô Mário , o Marcelo ta pedindo a maquina de escrever em inglês
Mário - Ô Rosana, vc sabe onde ta a maquina de escrever em inglês?
Rosana : - Olha, é pra ta no arquivo morto
Mário : entra ai no arquivo morto e vê se ta ai, se não eu não sei...
Eu : - e onde é isso?
Ele me mostrou , uma salinha dentro na secretaria, eu entrei e disse - E como é isso?
Mário - ela é igual uma maquina de escrever , só que em inglês, digital
Eu : - meu Deus, ainda usam essas coisas , que decadência

Eu senti que havia um certo deboche na cara das pessoas da secretaria, como boa aluna, fiquei procurando no tal do arquivo morto todo empoeirado, e disse - Ò , não achei nada não
Mário - ô Rosana, não tem nenhuma na sua sala?
Rosana - não, a que tem é essa ai, deve ta com alguém
Mário - Fala pro Marcelo que assim que eu achar eu levo lá

Eu voltei pra sala, e tive a impressão de todos estarem rindo de mim, fui até o professor e dei o recado do pessoal da secretaria.
Ele disse - ta bom, obrigado
Eu : - quero um ponto na média vio, por ficar procurando isso
Ele : - iiii, ai é difícil

Voltei pro meu lugar e minhas amigas também estavam rindo, eu disse - Nossa gente, to com a impressão de que todo mundo ta rindo de mim
Ana Clara - Mas estão Thami, não existe nenhuma maquina de escrever em inglês

Nuvens de pensamentos veio a minha cabeça - CARALHO, COMO ASSIM MAQUINA DE ESCREVER EM INGLÊS, VC QUE DIGITA EM INGLÊS, E NÃO A MAQUINA QUE É EM INGLÊS, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH COMO EU CAÍ NESSA?

nisso toda a sala morrendooooooooooooo de rir, eu também, mas sem acreditar no que estava acontecendo.
Bom, depois de uma meia hora o Mário foi na sala e disse
- Marcelo, ainda não achei a maquina de escrever em inglês
Geral caindo na risada, e eu também.Minha fala foi - Vocês que me aguardem, Mário e Marcelo, terá vingança.

Agora o que me resta é bolar minha vingança bem vingativa.

PS : o professor de matemática me chama de coisa do capeta, porque em todas as provas eu escrevo no final - Matemática é coisa do capeta
PS2 : - Essa historia da maquina de escreves, eles fazem com os alunos que dormem em sala de aula, é tudo combinado entre TODOS os funcionários da escola.

Postado por Thami

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Melhor reserva do time


Cada um tem que ser o melhor naquilo que faz, seja lá o que for.
 Eu era do time de vôlei da escola na 6°série, com 11 anos de idade. Não faltava em nenhum treino, chegava sempre atrasada, mas não perdia um.
Chegou o mês que íamos começar a competir. Minha mãe comprou um tênis só para o vôlei, uma meia branca que ia até a canela, um shorts azul marinho e a camiseta com o nome atrás.Eu estava super empolgada para os jogos. Pedi uma bola de vôlei pra minha mãe pra eu poder treinar em casa com o muro.
Mas, pra minha tristeza a professora disse que tinha que ter RG original, o escolar não serviria, e eu não tinha o RG original, e os jogos já começariam três dias após.
Meu Pai correu comigo pra fazer o RG , conversou no poupa tempo pra entregaram a tempo, e conseguimos.
Eu não era muito boa no saque exigia força e concentração, então a professora pouco me escalava pra sacar.Na rede eu também não era boa, porque era menor que as outras meninas, no meio a bola vinha muito forte, as laterais exigiam muita rapidez e eficiência pra bola não sair.Cada uma tinha que ser a melhor em sua posição, afinal éramos uma equipe.Não deixei por menos, era a melhor reserva. Me esforcei ao máximo para não perder minha posição pra NINGUÉM. Tenho que admitir que foi muito difícil manter essa eficiência em todos os jogos.
Foram mais ou menos uns 10 jogos, entre Agosto e Setembro.Eu joguei 2 jogos, só era escalada no final do jogo se tivéssemos uma grande vantagem de pontos na frente do outro time.
O banco de reserva me rendeu uma amizade que tenho até hoje, foi meu primeiro amor também, ele era o reserva do time de Futebol masculino de outra escola, enquanto nosso time estava no aquecimento, nós íamos comer pão de queijo e tomar coca cola na lanchonete do clube AABB, onde acontecia os campeonatos.
Meu time ganhou em terceiro lugar a medalha de Bronze, tenho até hoje em casa guardado em um local onde quem entra no meu quarto a vê, o time dele ganhou medalha de Prata, e ficamos muito felizes com a vitória, principalmente meus pais que viram que valeu a pena investir.
Formamos um belo casal de melhores reservas.E graças a isso hoje ele é meu melhor amigo.

Postado por thami

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Se Freud não explica, eu explico...


Queridos e queridas, podem achar falta de ética, ou falta de consideração da minha parte, mas esse fato tem me tirado o sono há varias noites. Sei que vou pedir perdão milhões de vezes por dia, até o fim da mesma, ou até depois, por escrever isso aqui, mas me é necessario. Aconteceu há mais ou menos uma semana, talvez um pouco mais, com a moça que trabalha comigo (aquela que foi pra São Paulo na época da minha grande depressão) outrora chamada de Joana, hoje chamada de Berenice. Eu quis mudar o nome pois achei conveniente. O pseudonimo é meu, eu escolho o que eu quiser, portanto, prossigamos nos fatos decorridos.
Berenice se queixava de cansaço. Berenice se queixava de falhas na memória recente. Lapsos que a deixavam em situações constrangedoras. Essas vagas falhas de memória se tornaram grandes, semelhantes às sequelas de usuários de maconha. E a unica frase que ela conseguia dizer era: "Gente, eu to ficando louca". As primeiras teorias que se formaram, foram em decorrencia de uma unha encravada no pé dela.
1) A podologa tinha feito uma lobotomia. (Impossível)
2) Uma larva de tenia havia entrado pelo buraco da unha, subido até a cabeça e começado a crescer, se alimentando do cérebro dela. Cisticercose. (Plausível)
Enfim. Passaram umas horas, e começamos a descobrir fatos estranhos. Podia ser um trauma de infancia, uma frustração muito grande, ou algo parecido. Foi quando, ilumiado pela sabedoria divina e guiado pelo pensamento freudiano de que cigarro significa penis e charuto significa charuto*, eu descobri toda a teia psicológica que se desenrolava. Eis meu diagnóstico:

Berenice, quando era criança tinha um sonho, como varias outras crianças (exemplo: Hitler), de ser pintora. Pintora famosa, como Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Rafael e outros mais. Ela tinha esse sonho. Que foi frustrado pela sua mãe, que queria que ela fosse doméstica. Então, não desistindo do seu sonho maravilhoso de ser rica, ela começou a pintar. Panos de prato. Guardanapos de secar louça. Sua mãe era muito cética quanto aos talentos da pequena Berenice. Certa vez, enquanto Berenice brincava de Pollock no guardanapo, sua mãe lhe deu um tapão na orelha dizendo "VAI SUJA TUDO OS PRATO DEPOIS, SUA MULA", e Berenice ficou dois dias com o ouvido apitando, desistindo (temporariamente) de sua carreira de pintora mundialmente famosa.
Esses fatos, Berenice contava para o seu peixe Betta vermelho de tres anos e imortal: Tico (nome real). Ele só tem tres anos, por que ela pensa que ele tem tres anos, e ele só é imortal, por que toda vez que ele morre, a mãe de Berenice (por dó da criança) trocava por outro identico. Deve ser a quarta geração de Ticos, mas ela ainda acredita que é o mesmo, e que ele é imortal. O que agravou a situação, levando ela a paranóia atual. Mas não acaba aqui a história da pequena Berenice. Ela cresceu.
Agora ela namora. Ela continua conversando com o peixe imortal dela, continua com o sonho de ser uma pintora mundialmente famosa (em coma induzido, mas o sonho ainda vive). E pobre coitada. Berenice é inocente, ela acreditou no que o namorado disse. Ele prometeu pra ela um atelie, pra ela poder pintar seu quadros, no meio da Chapada Diamantina, com uma sacada toda de vidro, de frente para a mata, para a cachueira, para o ar, para a liberdade. Coitada. Mal sabia ela que não passava de ilusão. Mal sabia ela que o atelie era um barraco 4x4, que o meio da Chapada Diamantina era bem em cima do Pico do Jaraguá, que a sacada não passava de uma janela suja e que a visão era só neblina, nuvem, Rodovia dos Bandeirates e capim alto. Ela terminou com o namorado, antes de descobrir isso. Foi melhor, pois se ela tivesse descoberto antes, teria se frustrado mais ainda.
E aqui está Berenice. Fazendo contabilidade, trabalhando de secretária, esquecendo onde guardou os comprovantes, não sendo regionalmente famosa, tão menos mundialmente, e conversando com o peixe imortal de tres anos. Ela não está louca. Só um pouco fora de contexto.


Dedicado à Ana Paula Fabiano.


*Freud dizia que o vício do cigarro era explicado pelo desejo sexual do fumante, a partir do momento em que ele associava o cigarro à figura do penis. E quando questionado sobre o simbolismo fálico do charuto que fumava (se um cigarro é um penis, um charuto é um tarugo de negão), ele declarou que "Às vezes, um charuto é só um charuto".