O Sol achou-nos indignos e resolveu esconder sua beleza dos nossos olhos mortais. As nuvens que, nos olhavam em seu esplendor alvo, enegreceram e encheram-se de tristeza e nos deram de presente suas lágrimas. A cor fugiu de seus objetos. A sombra e o cinza festejam então a ausência das luzes, e banham-se nas lagrimas frias que escorrem da face dos céus. O vento grita e clama, pois lhe tiraram a alma. Percorre sorrateiro pelas veredas escuras, retirando delas um ultimo e quente suspiro. Faz frio.
Um vidro me separa desse mundo. Encontro-me aninhado em mim mesmo, recorrendo à minha própria solidão para não me sentir só. Mas há algo de diferente hoje. A chuva que cai la fora, me lava por dentro. Sinto algo me dando forças. Algo que me faz sentir algo. Vida. Percebo então que vivo. E vivo e somente vivo. Respiro. Penso. Falo. Toco. Vejo. Ouço. Ouço de longe um som quase que imperceptível de alegria. Musica. Uma musica calma. Acordes menores tocados em um violão de madeira de cedro. Um som leve que me faz flutuar. Consigo ver a essência dos sons. Posso tocar suas cores. Consigo ver a minha essencia. Leve. Livre. Sinestesia.
Corro desesperadamente pra dentro de mim, e busco incansavelmente a mim mesmo. Acho. É belo, como o dia la fora. Colorido de cinza. Minha essência. Meu ser dividido em milhões de um. Uma solidão companheira. Um amor odioso. Um rancor de perdão. A contradição do contrário. Sou eu. Uma revolução contra rebeldes. Um rebelde contra a revolução. Algo que guardei para que me esquecesse e talvez pudesse mudar. Algo que pensei jogar fora para que outro ocupasse seu lugar, mas agora percebo que permanece. Intacto. Forte. Vivo. Percebo quem realmente sou, o que realmente faço, e como realmente vivo. Simplesmente eu. Vivendo a beleza da contradição. Sendo simplesmente eu mesmo, independente de outros. Independente de mim. Pois é isso que sou. Algo novo que se perdeu a muito e se encontrou novamente. Um unico de muitos. Uma essência que, de tantos perfumes, não tem cheiro. Uma vida que vive intensamente um unico momento. Um momento como esse, que me perco em mim. Que me descubro. Que me vejo, me toco, me ouço, me falo. Que vivo a mim mesmo. E que logo passa, e volto a abraçar a minha solidão. E permaneço sendo eu mesmo. A contradição viva. Sou isso. Muitos em um. Um em muitos. E não sei ao certo se sou isso mesmo. A dúvida é bela, não?
Parece-me que as nuvens se alegram em me ver assim. O Astro Rei me contempla.
Um vidro me separa desse mundo. Encontro-me aninhado em mim mesmo, recorrendo à minha própria solidão para não me sentir só. Mas há algo de diferente hoje. A chuva que cai la fora, me lava por dentro. Sinto algo me dando forças. Algo que me faz sentir algo. Vida. Percebo então que vivo. E vivo e somente vivo. Respiro. Penso. Falo. Toco. Vejo. Ouço. Ouço de longe um som quase que imperceptível de alegria. Musica. Uma musica calma. Acordes menores tocados em um violão de madeira de cedro. Um som leve que me faz flutuar. Consigo ver a essência dos sons. Posso tocar suas cores. Consigo ver a minha essencia. Leve. Livre. Sinestesia.
Corro desesperadamente pra dentro de mim, e busco incansavelmente a mim mesmo. Acho. É belo, como o dia la fora. Colorido de cinza. Minha essência. Meu ser dividido em milhões de um. Uma solidão companheira. Um amor odioso. Um rancor de perdão. A contradição do contrário. Sou eu. Uma revolução contra rebeldes. Um rebelde contra a revolução. Algo que guardei para que me esquecesse e talvez pudesse mudar. Algo que pensei jogar fora para que outro ocupasse seu lugar, mas agora percebo que permanece. Intacto. Forte. Vivo. Percebo quem realmente sou, o que realmente faço, e como realmente vivo. Simplesmente eu. Vivendo a beleza da contradição. Sendo simplesmente eu mesmo, independente de outros. Independente de mim. Pois é isso que sou. Algo novo que se perdeu a muito e se encontrou novamente. Um unico de muitos. Uma essência que, de tantos perfumes, não tem cheiro. Uma vida que vive intensamente um unico momento. Um momento como esse, que me perco em mim. Que me descubro. Que me vejo, me toco, me ouço, me falo. Que vivo a mim mesmo. E que logo passa, e volto a abraçar a minha solidão. E permaneço sendo eu mesmo. A contradição viva. Sou isso. Muitos em um. Um em muitos. E não sei ao certo se sou isso mesmo. A dúvida é bela, não?
Parece-me que as nuvens se alegram em me ver assim. O Astro Rei me contempla.
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ResponderExcluirquem me dera escrever como você, moço, quem me dera.