Eu sempre gostei daquelas metáforas no estilo Confucio. Uma delas, e extremamente interessante, é que a vida é um jogo. Um jogo em que nossa resistencia e capacidade de raciocínio é testada a cada lançar de dados. Nem sempre a sorte está do nosso lado, ou o acaso vai nos "salvar". É um jogo mais complexo. Exige mais de voce. A diferença entre o Jogo da Vida da Estrela e o Jogo da Sua Vida, é que cada jogador tem um tempo determinado, que ele só sabe o fim quando acaba; e que, eu acho, nem sempre é tão gratificante quando chega o fim.
Cada jogador tem suas próprias metas. Cada peão representa um estilo de ser humano. Por exemplo os materialistas. Suas metas são apenas terrenas. Um bom emprego, uma casa boa. Um jatinho talvez. Tem os peões espirituais, que não tem tanto interesse por conquistas terrenas. Suas metas são mais complexas. Paz. Um lugar no céu. Algo do genero. Tem também os peões material-espirituais. Que tentam atingir suas metas materiais usando a religião. Querem dominar o dinheiro do mundo, e depois que morrer, o céu tambem. Não vou citar o nome do Edir Macedo como exemplo, pra não gerar problemas pra mim. Tem tambem os despojados, que não utilizam de tática nenhuma para alcançar meta nenhuma, ou metas mais simples, que simplesmente deixam o acaso e a sorte tomar conta do jogo e controlar suas atitudes. Mais conhecidos como Hippies. Enfim. Ambos criam suas estratégias para atingir suas metas e ganhar o jogo.
E como todo bom jogo, existem fases. Fase de conhecimento, de adaptação, de montar estratégias, de estudar os adversários. Semelhantemente acontece na realidade. Fase de se conhecer, saber quem é, saber em quem confiar. Saber o que pode e o que deve fazer. Descobrir suas metas. E existe um longo caminho a ser percorrido. Incontaveis casas que montam um caminho complexo e surpreendente. Não é diferente da vida. Escola, faculdade, emprego, namoro, casamento, filhos, netos. Não necessariamente nessa ordem, mas (hoje em dia quase) obrigatoriamente todos. Tudo isso faz parte do Jogo da Sua Vida. Há tambem aquelas casas com armadilhas. "Volte 3 casas". Sim, é possível isso. Seu casamento acabou. Voce acabou de voltar 6 casas. Não é tão dificil aprender. Só não fique voltando sempre, pois o jogo tem um tempo, e só lembrando, voce não sabe quando o seu jogo acaba.
Esse que é o bom do jogo. Todos jogam, independente do fim. Todos chegam ao fim, um mais cedo, ou mais tarde. Todos chegam ao fim. E o bom disso é que, por não saber quando é o fim, voce se apressa em conquistar suas metas. Voce raciocina mais, voce evolui emocionalmente e intelectualmente, se esforçando para atingir suas metas. Uns conseguem, outros não. Uns desistem, outros persistem até que seus objetivos se cumpram. Uns mudam de metas, outros não encontram nenhuma. E todos jogam. E não me arrependo nem um pouco de correr riscos de voltar casas, ou de correr atras de um objetivo errado. Continuo jogando, e cada dia é uma supresa nova. Cada dia colocando meu peão à merce do tabuleiro, e jogando incansavelmente. Rolando os dados. Avançando as casas. Cada dia um obstáculo novo, mas o foco permanece intacto. E assim continuamos vivendo. Errando e aprendendo.
A vida é divertida, não? Vamos jogar?
Sobre o Texto:
Ideia inicial: Thami.
Redação: Thiago.
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